Capaz de avaliar as condições do útero e principalmente das trompas, a histerossalpingografia é uma valiosa ferramenta na investigação da infertilidade feminina

Radiografia das Trompas – Reprodução Internet

 

Considerada um procedimento de triagem para levantamento da infertilidade, a histerossalpingografia é uma radiografia chamada fluoroscopia, que permite a visualização, em
tempo real, do interior das trompas de Falópio e da cavidade uterina.

Para mapear e percorrer o sistema reprodutor feminino, um contraste é inserido nas trompas e na cavidade uterina, o que possibilita ao médico observar a anatomia do útero e a morfologia
das trompas e, revela informações diagnósticas de prováveis inconformidades dessas estruturas, indicando se há malformação ou cicatriz uterina que possa atrapalhar a aderência
do óvulo fecundado e, ainda, se as trompas estão bloqueadas, por exemplo.

Estima-se que entre 20% e 30% de sucesso do desejo gestacional, ocorre após a realização deste exame. Além desta análise, esta técnica também permite investigar abortos espontâneos
decorrentes de anormalidades ou malformações do útero, e ainda, auxilia no diagnóstico de outros problemas ginecológicos, como massas tumorais, aderências e miomas. Também pode
ser aplicada para avaliação pós-operatória de mulheres submetidas à ligadura de trompas ou reversão de ligadura de trompas. Entretanto, para a realização do exame, a paciente necessita
de um preparo específico e é mandatório a comprovação de que a mulher não esteja grávida.

O procedimento é feito pelo médico radiologista acompanhado de uma equipe de enfermagem e pode ser realizado sob sedação, com a presença de um anestesiologista. O procedimento,
pouco invasivo, dura aproximadamente 30 minutos.

No começo do exame, pode acontecer de a paciente sentir uma leve cólica, mas esse desconforto vai embora em poucos minutos.
Outros métodos de exame mais modernos, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada já foram utilizados para o estudo das trompas, mas nenhum é tão difundido
como a histerossalpingografia.

Imagens radiográficas de uma histerossalpingografia – Reprodução Internet

FONTE: REVISTA SAÚDE (https://rsaude.com.br/ponta-grossa)