2020 será um ano de mudanças.
Em menos de três meses à frente da gestão do CRTR-SP verificamos a quão debilitada está a situação financeira deste regional, e em busca de saídas para o enfretamento desta crise, algumas medidas pouco populares – aos olhos dos profissionais das técnicas radiológicas – mas de extrema necessidade, serão tomadas para manter Conselho em funcionamento.
Uma dessas principais medidas foi a difícil decisão de encerrar as atividades de atendimento ao público, da subsede localizada na República – aberta pela gestão interventora – para oferecer mais acessibilidade aos profissionais com necessidades especiais e para estar localizada na região central da cidade, facilitando assim, a locomoção entre as diferentes regiões de São Paulo.
Mesmo reconhecendo que esta decisão traria muito descontentamento, não tivemos alternativa, afinal, a falta de planejamento e de responsabilidade que levaram a abertura da subsede, em momento inoportuno, demonstrou que em menos de seis meses da sua inauguração, o custo-benefício para manter esta estrutura de atendimento não compensa, e ainda, trouxe morosidade ao processo de Inscrição Profissional, e não atingiu seu principal objetivo: Acessibilidade.
De acordo com relatório realizado, nesse período de funcionamento, houve apenas três atendimentos à pessoa com mobilidade reduzida (PCD), o que não justifica o gasto de mais de R$ 300 mil com a abertura e manutenção desta estrutura de atendimento.
Para o quesito acessibilidade – ponto que julgamos de suma importância – vamos providenciar um espaço diferenciado para atendimento especial na própria sede, para adequação aos termos da lei nº 13146/2015. Inicialmente, e a custo zero, o projeto prevê o atendimento com hora marcada em domicilio ou no local de trabalho do profissional com mobilidade reduzida.
Já em relação à localização, concluímos que apesar de estarmos a 10 minutos da estação de metrô Vila Madalena e considerando a integração entre as diversas linhas metroviárias de São Paulo, os profissionais não terão dificuldades para chegar à sede. Outro fator que não justifica manter a subsede em funcionamento.
Sabemos, que de certa forma, esta medida trará pequeno desconforto aos profissionais, mas em contrapartida, terão um atendimento mais ágil e eficiente, já que todos os departamentos envolvidos estarão mais próximos.
A crise também ampliou nossas reflexões em relação a outros pontos auditados, que interferem mais no ambiente interno do Regional e que requerem a tomada de decisões drásticas para que, em curto prazo, consigamos reequilibrar as finanças e reajustar receita x despesas, cujo déficit herdado soma mais de R$ 2 milhões, somente no ano de 2019.