A recomendação é ter cautela no uso desta tecnologia para evitar erros nos exames de imagens

Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, alteraram intencionalmente três sistemas de inteligência artificial projetados para escanear imagens médicas e realizar diagnósticos clínicos automatizados. Embora a tecnologia prometa agilizar a análise de exames de raios X, o estudo apontou que basta alterar alguns pixels nas imagens para que os sistemas as classifiquem erroneamente.

Segundo informações do site Diário da Saúde, ao alterar a radiografia de uma verruga que havia sido classificada inicialmente pela inteligência artificial com 99% de confiança (benigna), a imagem passou a ser considerada 100% maligna. Ou seja, além de não ter o problema de saúde identificado, o paciente pode receber o resultado de uma doença que não possui. 

Os outros dois programas analisados, com dados armazenados para detectar danos nos olhos causados por diabetes em exames de retina, e um pulmão colapsado por meio de raios X, também foram facilmente modificados. “Se os programas de inteligência artificial médica se disseminarem, os números de diagnósticos errados – falsos positivos ou falsos negativos – podem aumentar consideravelmente”, afirmam os pesquisadores, ressaltando que é preciso ter cautela com o uso desta tecnologia.